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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Iluminação de nossas casas, auxílio à segurança pública

Fico assustado quando, andando de carro pela cidade à noite, encontro casas cuja frente está na escuridão. São residências que possuem alguma lâmpada exterior, e que até fica ligada, mas só durante o tempo em que a família está acordada. Assim que se recolhem, a luz da frente é apagada.



Isso vem de uma concepção pragmática, utilitarista em excesso, da lâmpada. Nossa primeira idéia é de que as lâmpadas “de fora” têm a mesma exata função das lâmpadas “de dentro”. Ora, só acendo a luz em um quarto quando nele estou. Só acendo a luz do banheiro quando vou utilizá-lo. E assim por diante.



Nada mais natural, portanto, do que só ligar a luz da frente da minha casa quando estou justamente sentado na calçada. Ou, no máximo, para indicar que não fui dormir, no período em que me encontro acordado. Vou me recolher? Desligo a luz da frente.



Esse pensamento, embora muito comum no interior, é uma ajuda e tanto para os “amigos do alheio”. De fato, a iluminação é um forte inibidor de furtos e arrombamentos. Estando minha casa iluminada em sua frente durante toda a noite, os ladrões, podendo escolher, elegerão outro alvo, mais vulnerável. Por que se arriscarão na prática de um delito em um local tão iluminado? É mais fácil que se os reconheça, ou que um transeunte passe, uma viatura da Brigada Militar, ou mesmo que, acordando, o dono da casa veja toda a situação e acabe com a tentativa criminosa.



O que quero dizer é que estou absolutamente convencido de que a iluminação exterior de nossas casas durante toda a noite é uma pequena parcela de ajuda à segurança de todos. Se na minha quadra todos mantêm suas luzes acesas, então teremos uma quadra mais segura do que a que vive na penumbra e insiste nos “costumes de antigamente”.



A segurança pública, diz-nos a Constituição, é dever do Estado, mas direito e RESPONSABILIDADE de todos os cidadãos. O principal interessado na segurança sou eu mesmo: antes da polícia ter interesse em me defender, eu quero a minha defesa. O principal lesado em um crime é o indivíduo. Cabe a ele fazer sua parte.



Se ao Estado cumpre manter uma boa guarnição policial militar, uma boa equipe cartorial e investigatória na polícia judiciária, e ao Município a iluminação pública, mediante os postes e lâmpadas, ao cidadão, individualmente considerado, não escapa uma parcela de responsabilidade. Seu dever de segurança não é transferido ao Estado: apenas a delegação de parte de seu dever é feita, e assim subsidiária, sem abrir mão de seu próprio interesse e possibilidade de ação. O cidadão não pode ser um passivo, um inativo. Pode e deve fazer sua parte.



E manter as luzes do exterior de sua residência acesas durante toda a noite é uma pequenina contribuição ao bem-estar de todos. Não custa se engajar nessa verdadeira cruzada pela segurança pública, que nos pede um mísero ato, capaz, entretanto, de colaborar de forma eficaz para com a segurança em nossas cidades.

3 comentários:

Giovani Rodrigues disse...

Apesar de morar numa cidadezinha pacata, não é bom dar moleza. Gostei da dica.

tht disse...

Apoiado. E caso o problema seja com a energia desperdiçada durante o dia, existem, hoje, relés fotoelétricos capazes de acender e apagar as lâmpadas conforme a luz do Sol.

Pax,

Giovani Rodrigues disse...

verdade, Thiago. E tem também um outro dispositivo que acende automaticamente quando alguém/algo se aproxima. Depois de determinado tempo, cessando os movimentos, volta a apagar. Vi na Casa Paroquial e também numa lanchonete daqui.

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